Ele atrai milhares de pessoas em suas palestras e hoje fala aqui
Autor de diversos livros que ocupam os rankings de mais vendidos do país, criador do método de coaching mais empregado no mundo, PhD em coaching pela Florida Cristhian University (FCU), conferencista internacional com seminários que atraem milhares de ouvintes e pai de uma linda família, Paulo Vieira explica os passos de seu sucesso financeiro no livro “Fator de Enriquecimento”.
Estive com Paulo Vieira no último sábado conversando sobre os ensinamentos de seu livro e suas visões no campo de educação financeira. Foi uma tarde reveladora. Quem vê o sucesso atingido pelo empresário, se surpreende com os desafios que ele enfrentou. Alguns desses desafios, ensinamentos e objetivos são abordados por ele na entrevista abaixo
Qual foi seu maior desafio financeiro?
Meu maior desafio financeiro foi superar os problemas que tive e que se arrastaram até meus 30 anos de idade. Problemas financeiros graves, dívidas crônicas e que pareciam impossíveis de serem resolvidos. Portanto, meu maior problema financeiro era minha própria condição financeira que eu trouxe e arrastei até os 30 anos. Por baixo dessa condição, o desafio subjacente era mudar as crenças que eu tinha. Chegou um momento em que entendi que meu problema era minha mentalidade financeira, que era de muita pobreza. O sintoma era a vida financeira terrível e o desafio era mudar essas crenças. Graças a Deus eu entendi o processo e mecanismo de mudanças de crenças que hoje me tronou um homem rico não apenas financeiramente, mas também em todos os aspectos.
Qual ensinamento do seu livro foi importante para você conseguir superar seus desafios?
Tudo o que eu abordo no meu livro Fator de Enriquecimento, absolutamente tudo, eu aplico e venho aplicando na minha vida. Sejam as questões cognitivas e comportamentais de como poupar, como investir e como doar, desde as mais simples até as questões de reprogramação de crença são aplicadas em minha vida. Enriquecer não é apenas ganhar dinheiro, enriquecer não é apenas saber investir, enriquecer não é apenas saber poupar. Enriquecer são pelo menos seis sistemas de crenças integradas, que começam em fazer dinheiro, em seguida, guardar dinheiro, terceiro, saber investir esse dinheiro, quarto, conseguir usufruir desse dinheiro, quinto, poder doar, e depois de tudo isso, ter a crença de continuar mantendo dinheiro. Então, o verdadeiro rico tem as seis crenças. Eu vejo pessoas que sabem ganhar dinheiro, mas não sabem ter, não sabem poupar e acumular, enquanto outras ganham pouco, mas sabem acumular bem. Algumas pessoas ganham muito, mas por não saberem poupar e investir, precisam trabalhar o resto da vida. Então, o verdadeiro rico passa por todo o processo. A dica que dou aqui e que explico em meu livro é que não é apenas com informações de como investir que se enriquece. Se só isso bastasse, todo profissional do mercado financeiro, ou gerente de banco seria rico, pois eles têm cursos semestrais de como investir. Portanto não é só a questão racional cognitiva que promove o enriquecimento, mas a questão emocional é importantíssima, ou seja, a reprogramação de crenças necessárias para essa mudança. Portanto, o livro traz a abordagem cognitiva, comportamental, informações financeiras claras e precisas e uma reprogramação de crenças completa em todas as áreas da vida.
Como você avalia o nível de educação financeira dos brasileiros?
Na prática a educação financeira no Brasil não existe. Não existe em nenhuma escola, com raras exceções, assim como nas famílias e nas universidades. O Brasil é um país que carece de três tipos de educação básicas: financeira, empreendedorismo e liderança. Em países desenvolvidos, se aborda educação financeira e empreendedorismo no processo de formação dos jovens. É como se o sistema educacional brasileiro formasse apenas funcionários voltados para a área operacional, ou seja, como se ninguém fosse ser líder ou empreender. O Brasil é muito falho quando se refere a educação financeira. A educação financeira que o Brasil apresenta é a dificuldade. Se uma família está em dificuldade financeira, a criança vai ter de aprender na prática as consequências de não ter dinheiro e isso não é o caminho certo para o aprendizado. O ensinamento de uma criança não deveria ser baseado na sua própria dificuldade e agrura. Essa falha traz um preço. Nos últimos anos, o crédito farto e os estímulos do governo para utilização desse crédito fizeram com que muitas famílias se endividassem. Mas esse endividamento foi feito por uma completa desinformação financeira, ou seja, reflexo da falta de educação financeira.
No seu livro, você diz que já atingiu a independência financeira. O que você chama de independência financeira e quando um indivíduo pode dizer que ele a atingiu?
De fato, eu atingi a independência financeira. O que significa isso? A definição de independência financeira tem algumas variações, mas de forma geral, ela ocorre quando se tem ativos suficientes sejam eles em imóveis, aplicações financeiras, ou bens que geram rendimentos suficientes para manter sua qualidade de vida. Com esses rendimentos recebidos todos os meses é possível pagar o custo de vida e seria possível se aposentar. Então, a escolha de trabalhar ocorre pelo prazer, pois não é mais necessário trabalhar por dinheiro. Essa seria a definição básica de independência financeira, mas não sou fã da independência financeira. De uma vida pobre aos 30 anos me tornei um homem rico que poderia parar de trabalhar e viver em qualquer lugar do mundo de forma rica, vivendo apenas de rendimentos. Acredito que todas as pessoas têm condição de enriquecer e viver em abundância financeira e não apenas independência financeira. O que ensino é que muito mais que buscar apenas ter independência financeira, deve-se buscar ter abundância financeira, ou seja, ter tanto ao ponto de sobrar e ser possível ajudar outras pessoas necessitadas. Mas para se tornar rico, antes passa-se pelo estágio de independência financeira. Portanto, ensino a meus clientes de coaching, no meu livro e nos meus cursos que mirem na riqueza, pois nesse caminho do enriquecimento, passa-se necessariamente pela independência financeira, sem ter de buscar esta e sim objetivar uma vida abundante financeiramente ao ponto de contribuir com ouras pessoas.
Qual o primeiro passo no caminho para a independência financeira?
Existem muitos livros disponíveis no mercado que falam bobagens sobre enriquecimento. Bobagens baseadas em exceções de exceções, e fundamentados em uma hipótese remota de enriquecimento. Quando olhamos para enriquecimento, existem apenas três variáveis. Elas formam o próprio título do meu livro, ou seja, o Fator de Enriquecimento. Podemos quase entender enriquecimento como uma ciência exata e a primeira variável ou pilar dessa ciência exata que eu trago no meu livro é a sua capacidade de gerar dinheiro. No Brasil falamos ganhar dinheiro e nos Estados Unidos chama-se esse primeiro pilar de fazer dinheiro. Assim, o primeiro passo é fazer a maior quantidade de dinheiro possível. Tem gente que faz R$1 mil por mês, tem gente que faz R$5mil, tem gente que faz R$10 mil e tem gente que faz R$1 milhão por mês. A segunda variável de enriquecimento é quanto desses R$10 mil, assumindo esse valor como exemplo, eu sou capaz de poupar e investir. Não falo de poupar para comprar um carro ou para uma viagem. Falo em poupar para investir para riqueza. Pode ser 10%, 20% ou mais dos R$10 mil de exemplo. A terceira variável é o rendimento desse investimento, ou seja, a minha capacidade de rentabilizar esse dinheiro poupado. Assim, quanto menos se conseguir ganhar, quanto menos se poupar e quanto menos se conseguir rentabilizar o investimento, mais tempo será necessário para você se tornar financeiramente rico. De outra forma, quanto mais se consegue fazer dinheiro, quanto mais se poupa e quanto mais se consegue rentabilizar o investimento, menos tempo será necessário para você se tornar financeiramente rico. Essas são as três variáveis necessárias para o enriquecimento e que explico no meu livro. Fora dessas três variáveis, todo o resto se torna acessório.
Se você já atingiu sua independência financeira, o que te motiva a continuar na sua carreira de Coach? E qual a sua próxima meta financeira e empresarial?
Como mencionei, não apenas atingi a independência financeira como já me tornei abundante financeiramente. Assim, o que me motiva a trabalhar? Acredito que quando o motivo que leva as pessoas a trabalhar é o dinheiro, elas se tornam escravas do dinheiro, e o que há de mais ineficaz no processo de enriquecimento é você estar apenas seguindo o dinheiro. Nesse processo, deve-se buscar pessoas. Pessoas que eu possa ajudar com meu trabalho. Pessoas que eu possa impactar e mudar suas vidas com meu trabalho, com meu produto e com meu serviço. A minha capacidade de impactar pessoas, minha capacidade de usar o coaching para ajudar pessoas a serem melhores e conquistarem seus sonhos e minha capacidade de ajudar mais profundamente e cada vez mais pessoas é que me enriquece. Portanto, a publicação de meus livros ocorre para que eu possa ajudar um número maior de pessoas, o nosso método CIS ter se tornado o maior curso de Inteligência emocional do mundo com mais de três mil pessoas por mês em várias localidades do país, o nosso curso de formação em Coaching Integral Sistêmico ter se tornado o maior centro de coaching do mundo, tudo isso é o que me move, ou seja, a busca de ajudar pessoas. A minha missão de levar a ferramenta do Coaching Integral Sistêmico a impactar vidas, famílias, casamentos, relacionamentos, isso é o que me motiva. Quem me conhece sabe que o dinheiro é uma necessidade para crescer, e é uma consequência do número de pessoas impactadas e transformadas, mas o dinheiro nunca foi meu foco e nunca foi minha busca. Vaidade e arrogância não têm espaço em minha vida. Bens materiais não simbolizam a riqueza, mas o resultado do meu trabalho. Portanto, estou sempre buscando pessoas para ajudar e doar. Mais de 20% do que eu e minha esposa ganhamos mensalmente é doado para pessoas necessitadas. Vivemos com cerca de 20% do que ganhamos e aplicamos os outros 60%. Sempre vivemos abaixo da nossa renda. Sempre usamos muito menos do que ganhamos. Essa atitude, esse comportamento, essa forma desprendida, mas responsável de viver o dinheiro nos tornou consequentemente ricos. Há pessoas que ganham R$10 mil no mês e gastam todo o valor no mês. Usando nossa proporção, se nossa renda fosse de R$10 mil mensais, estaríamos vivendo com R$2 mil, doando R$2 mil e investindo R$6 mil. Me perguntam, por que eu não gasto mais? Porque não precisamos. Estamos crescendo a empesa (Febracis) e ajudando mais pessoas. Trabalhamos ajudando mais de 10 projetos sociais de forma consistente. Entendo que dinheiro é meio e não fim. Nossa busca genuína de abençoar vidas, de levar ferramentas, mudança e progresso para ajudar pessoas, e conseguimos isso efetivamente, retorna para nós não apenas financeiramente, mas de todas as maneiras.