Três dicas para planejar seu desemprego
Incoerentemente, dispendemos tempo planejando apenas os bons momentos. Passamos meses traçando metas para as férias e dias pensando no final de semana e, principalmente, no feriado prolongado. Entretanto, postergamos o planejamento de eventos que certamente ocorrerão e que terão impacto siginificativo em nosssas vidas e de nossas famílias, por exemplo, a aposentadoria e o desemprego.
O adiamento ou desconsideração do planejamento para o desemprego podem ser explicados por dois motivos. Primeiro, já é da natureza humana a protelação. Mais fácil ainda é adiar atitudes que nos causam um desprazer e sobre um momento que não é agradável.
Outro motivo, como menciona o prêmio Nobel em Economia, Richard Thaler, é o de que costumamos ser otimistas. Acreditamos que eventos ruins ocorrem com os outros, mas não conosco. Nos últimos três anos, você provavelmente teve colegas ou familiares perdendo o emprego.
Seja otimista, mas entenda que o desemprego está mais próximo do que se imagina. Assim, compartilho três atitudes que você deve adotar hoje para enfrentar melhor esse desafio no futuro.
Treinamento
A maioria das pessoas considera abrir um pequeno negócio quando perde o emprego. Entretanto, você já deve ter lido que a maioria dos pequenos negócios quebram nos primeiros anos. Essa quebra ocorre principalmente pela falta de planejamento e de preparo na gestão do empreendimento.
Não espere perder o emprego para iniciar cursos de empreendedorismo e de gestão de pequenas empresas. Procure alternativas de negócios e pesquise sobre as vantagens e desvantagens de cada uma. Certamente você conseguirá pensar de forma mais isenta, hoje, sem a pressão dos familiares, do que quando perder o emprego.
Reserva financeira
A melhor forma de enfrentar o período de transição de empregos ou na passagem de empregado para empreendedor é ter uma boa reserva financeira. Sem a pressão das contas para pagar, você poderá tomar melhores decisões e evitará frustrações futuras.
Essa reserva deve somar, pelo menos, um ano de seus custos mensais. Caso já tenha essa reserva, mantenha-a em aplicações que possam ser resgatadas em até seis meses e com risco baixo ou moderado. Evite aplicações de alto risco para essa parcela.
Caso não possua esse montante, inicie já esse mês guardando um mínimo de 20% de sua renda líquida até que consiga acumular o valor. Depois de acumular, aproveite a disciplina adquirida e continue poupando para outros planos como sua aposentadoria.
Cultive rede de relacionamentos
Abrir um negócio próprio não é a única saída na perda do emprego, pois nem todos possuem o perfil empreendedor. Algumas pessoas se destacam e se desenvolvem melhor como colaboradores em empresa. Para esses indivíduos é muito importante o desenvolvimento de uma rede de relacionamentos profissional.
Esse grupo de contatos profissionais será um dos maiores responsáveis por sua recolocação. Não basta fazer ligações em mídias sociais. É necessário manter contato frequente para que compartilhem, mutuamente, o desenvolvimento de todos.
Seguindo essas dicas, o desafio da recolocação profissional será superado de forma mais consciente e dinâmica.