Sete dicas para você declarar sua independência financeira

Todos sonham com a tranquilidade de não precisar se preocupar com a manutenção do salário no próximo mês para manter o padrão de vida. Segundo o autor e empresário Tony Robbins, aqueles que atingem esse desejo podem declarar sua independência financeira. Aproveitamos este feriado para descrever sete dicas para você atingir seu sonho.

O caminho para alcançar sua independência é simples, mas vai exigir esforço e disciplina. O primeiro passo é criar um plano.

Planejamento financeiro

O Nobel da Paz Henry Kissinger ilustra bem a importância do planejamento com sua célebre frase:

“Se você não sabe para onde vai, todos os caminhos o levam para lugar nenhum”.

Se alguém te perguntasse qual valor precisaria ter hoje em aplicações financeiras para declarar sua independência financeira, que valor diria?

Tão importante quanto ter um número é saber se este é suficiente para manter seu padrão de vida, ou se é muito superior e estaria acima do necessário, o que tornaria sua meta mais difícil.

Assim como as empresas fazem periodicamente, é indispensável que todos criem um orçamento de curto e de longo prazo. Este orçamento deve conter as despesas e receitas que se espera obter ao longo dos próximos anos.

É de posse deste conjunto de dados que você poderá avaliar qual valor seria necessário para que você declare sua independência financeira.

Adicionalmente, seu plano será seu mapa para poder controlar se está caminhando na direção certa ou se está se desviando do objetivo.

Controlar os pequenos gastos

Como alerta Benjamin Franklin em seu livro o Caminho da Riqueza:

“um pequeno buraco afunda um grande navio”.

Os pequenos gastos são um dos maiores vilões. Despesas como cafezinho, lanches e compras diversas podem valer um imóvel se poupados por alguns anos.

Veja o exemplo de Marcelo aficcionado pelas famosas capsulas de café. Ele toma cinco xicaras por dia da bebida a um custo unitário de R$2.

Avaliando o valor por unidade, parece um exagero controlar esta despesa.

Entretanto, o consumo de Marcelo custa R$300 por mês. Se ele investisse este montante por 30 anos em uma aplicação que renda o CDI atual de 0,52% ao mês, ele teria ao final do período R$315 mil. E agora, o custo deste café continua desprezível?

Ao longo do próximo mês, anote todas as suas despesas com valor inferior a R$30. Em seguida, avalie quais são realmente necessárias e formas de cortar ou controlar estas despesas.

Reduzir despesas fixas

Conforme argumenta Jim Mott:

“Você pode ser rico tendo mais do que precisa ou tendo menos do que tem”.

Diariamente somos bombardeados por propagandas ou por atendentes de telemarketing que tentam nos fazer acreditar sobre a necessidade de ter um serviço ou bem.

A aquisição de um bem, muitas vezes traz junto uma série de custos fixos periódicos. Um carro gera uma despesa de seguro, licenciamento, manutenção, garagem, dentre outros. A compra de um celular mais moderno, nos faz contratar um plano de serviços mais caro.

Examine todas as suas despesas fixas e reflita quais delas podem ser reduzidas sem detrimento da piora de sua qualidade de vida. Por exemplo, seu plano de TV a cabo tem mais canais do que assiste? Sua despesa de celular poderia ser reduzida?

A revisão destes gastos fixos pode gerar uma economia de 5% a 10% em seu orçamento. Portanto, esta redução vai te deixar mais próximo de sua meta.

Se endividar menos

A maioria de nossas aquisições são realizadas por impulso. Planejamos pouco as aquisições e isso acaba levando a mais dívidas.

O endividamento nos faz pagar o dobro pelo bem. O financiamento na aquisição de um automóvel de R$30 mil por 5 anos com juros de 2% ao mês resultará em um pagamento total de R$22 mil em juros.

O mesmo ocorre com outras despesas como férias, imóvel e faculdade.

A solução é planejar e economizar.

Poupar mais
Imagine se poupar o juros de todas as dívidas que possui?

Somente com o montante pago em juros no exemplo acima, poderia trocar de carro a cada cinco anos sem ter despesas adicionais.

A dica para isso é planejar todas as despesas. Se guardar o dinheiro e investir com antecedência, em vez de pagar juros, eles trabalharão para que você consiga atingir os propósitos mais rápido. Além disso, seus gastos serão realizados por necessidade e não pelo ímpeto do momento.

Investir em aprimoramento profissional e pessoal

O autor Tony Robbins explica a melhor forma de elevar suas receitas:

“O segredo do sucesso econômico é aprender a se tornar mais valioso no mercado”.

Para se tornar mais valioso, precisa aprimorar técnicas que melhorem sua produtividade no trabalho e seu empregador perceba que mesmo se dobrasse seu salário ele ainda estaria economizando.

O caminho para galgar cargos gerenciais e melhor liderar seus colaboradores, passa por buscar seu desenvovimento pessoal.

Estes aprimoramentos podem ser obtidos em cursos e livros. Esse investimento, se bem feito, produzirá elevados retornos.

Investir em educação financeira

Para potencializar todos os passos anteriores é de suma relevância o conhecimento de como investir e tomar decisões financeiras melhores.

Pelos elevados investimentos em caderneta de poupança, em títulos de capitalização e em aplicações de baixo potencial, é reconhecido o baixo conhecimento do brasileiro sobre como investir.

Decisões sobre endividamento e aquisições, tanto no âmbito pessoal, quanto de sua empresa, poderiam ser otimizadas com um adequado treinamento financeiro.

Portanto, tão importante quanto poupar e ganhar mais é investir em cursos sobre finanças pessoais e corporativas para alavancar os ganhos provenientes de seus esforços.

Michael Viriato é professor de finanças do Insper e sócio fundador da Casa do Investidor.