Bitcoin pode cair mais 50% até o fim do ano
Nenhum outro ativo desperta maior debate que as criptomoedas. O centro das discussões está em questões como qual deveria ser seu valor justo, com que tipo de ativo ele pode ser caracterizado e se este é um investimento que protege o investidor de algo.
Não importa de que lado você está desta discussão. Uma coisa é certa: ninguém consegue atribuir um valor justo ao Bitcoin.
Existem várias razões para não se conseguir definir um valor como em outros ativos. Uma delas é o fato de sua única virtude ser a dificuldade de se gerar mais moedas, devido ao elevado custo desta geração.
Outra razão para o debate sobre seu valor justo é a incerteza sobre sua própria definição. O Bitcoin já foi comparado ao ouro, ou seja, qualificando-o como uma commodity. Mas também se costuma dizer que ele é como uma moeda.
O fato é que ele não é nem um nem outro, pois as características entre eles são distintas.
A evolução de seu preço mostra esta distinção. Ele não se comporta como outros ativos. E diferente de qualquer ativo, ele teve a façanha de estar passando pela sua segunda bolha em menos de três anos.
O primeiro estouro de bolha ocorreu em 2018. Ao final de 2017 o Bitcoin ultrapassou o preço de US$ 18 mil. Ao final de 2018 este preço caiu para US$ 3mil, ou seja, uma queda de mais de 80%.
Menos de três anos depois, em abril de 2021 ele atingiu US$ 63 mil.
Tão impressionante quanto a recuperação até esta nova máxima é o fato de a queda deste ano ser tão similar à ocorrida em 2018.
O gráfico acima mostra na linha azul a queda ocorrida ao longo do ano de 2018. Na linha laranja a queda ocorrida neste ano.
Se o padrão continuar o mesmo, espere ver o valor do Bitcoin caindo para menos de US$15 mil antes do fim de 2021.
E agora, no que você vai apostar?
Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor